Crime maior foi o segundo comentário do texto anterior. Não que fosse algo que eu já não soubesse, mas eu estava tentando não pensar no assunto, e agora eu vou ficar lembrando a minha própria mediocridade por semanas. Seria até bom se eu soubesse um jeito de mudar e ficar bom logo, mas eu não creio muito mais na prática como eu cria antes. Então eu só posso dizer é...
A segunda parte do crime é ter me tocado. Eu já sabia, já imaginava, até talvez outras pessoas tivessem me dito. Mas agora foi de tirar o sono, de tirar o estômago, de andar na rua pensando, de ler pensando, de trabalhar pensando. O fato é que eu já sabia, mas ainda não sabia que sabia. E agora eu sei. E digo é...
A terceira e mais cruel parte é eu não saber quem disse isso. Estou acostumado com o anônimo covarde, que quer ofender, que tem medo de mostrar o rosto mas não tem o que dizer de fato. Mas me desconserta o anônimo com quem eu concordo, que pensa exatamente o que eu penso e que precisou se esconder pra dizer o que até agora poucos amigos tiveram coragem de me dizer. Só posso responder é...
Mas a coisa mais criminosa mesmo é eu não poder ir atrás e conversar, dialogar. Não me importa o fato de não saber quem é, mas da interação comprometida, exdrúxula, pela metade. Tudo o que eu posso fazer é suspirar um profundo e reticente é...
(a melhor idéia deste post foi roubada do Sartorato, pessoa da qual eu discordo alguma vezes, mas nunca no essencial)