Incêndio
Um poema qualquer
Estava em seu lugar
Quando alguém veio ler.
Uma visita, duas visitas,
Um comentário, dois comentários,
A calma reinava sobre a vista.
Num toque de
dedos, faísca
caiu sobre as
folhas esparsas.
Fogo!
E bruxuleiam
sombras cinzentas,
toda madeira
se queima em farpas.
Lá do vizinho
E aqui de dentro
os papéis pulam
pro turbilhão
...se houvesse aqui alguém pra intervir...
que rodopia
todo vermelho.
Os céus se cobrem,
os olho negros.
Lá no quartel, calçou o chinelo.
Levantou, pôs os braços nas mangas.
- hmm, talvez o céu fique amarelo.
O fogo sobe
pelas paredes
queimam idéias
sons esturricam
Chegou. Respirou. Olhou em volta.
-Calma gente, vai... sem exageiros.
as chamas vão
nos ensina/
A chave gira.
-Não. Por aqui, nada se ilumina.