4/16/2006

Elegia ao Engano

Ninguém se lembrou de ti.
Senta-te e apaga
As luzes da tua sala,
E então te recosta
Em silêncio no sofá.

Escolhe uma transparente,
Mas de cabo fino,
Profunda e bojuda taça,
Enche de vermelho
E te deixa refletir.

Toma em fugazes memórias
bons goles de ti.
Goles grandes que te lembrem,
Lamentar te façam,
Da vida, o único erro.

E deixa pender o copo
agora vazio;
Não mais que beber terás
sentado no escuro,
Se perceberes que és só.

2 Comments:

Blogger Karina said...

Gostei muito!
Muito mesmo!

7:08 PM  
Blogger Emil said...

E esse foi bem no dia que você me mandou escrever mesmo.

10:59 PM  

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