Elegia ao Engano
Ninguém se lembrou de ti.
Senta-te e apaga
As luzes da tua sala,
E então te recosta
Em silêncio no sofá.
Escolhe uma transparente,
Mas de cabo fino,
Profunda e bojuda taça,
Enche de vermelho
E te deixa refletir.
Toma em fugazes memórias
bons goles de ti.
Goles grandes que te lembrem,
Lamentar te façam,
Da vida, o único erro.
E deixa pender o copo
agora vazio;
Não mais que beber terás
sentado no escuro,
Se perceberes que és só.
2 Comments:
Gostei muito!
Muito mesmo!
E esse foi bem no dia que você me mandou escrever mesmo.
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