Poema
Qualquer um que vomita
Se escora na parede e grita:
- É poesia!
A merda bate na parede
Explodindo em retrato
Ao som de um que grita:
- É poesia!
Leva a mão de encontro à virilha
E levemente roça as bolas
E depois agarra o pau duro,
E a repetição frenética do vai-e-vem
E depois mira o pobre lençol
E esporrando sobre o leito vazio
Bate um retrato e grita:
- É poesia!
Do qual o ranho voa
Todo mundo grita:
- É poesia!
Ao terminar enche o pulmão
E com toda sua força grita:
- Mãe, vem limpar meu cu cheio de poesia!
A baba do retardado,
O pentelho sujo no sabonete,
Sangue de boceta suja,
Suco velho de cacete,
Diarréia que cai da hemorróida,
Chorume e smegma na bacia,
A tudo isso gritamos:
- Só pode ser poesia.
5 Comments:
é por isso que eu digo.
http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=1710221
e que é aquele último de todos ali hein?
ô.
[ficou bom!]
[medo.]
Ok, não sei bem se quis dizer isso, mas eu tenho revoltas enormes com o desenvolvimento dessa teoria ridícula do "qualquer-coisa-hoje-em-dia-é-poesia".
Uso de palavras desconexas e realmente sem o menor sentido; massiva utilização de gírias vergonhosas; uso abusivo e vil do tema "sexo"; desconhecimento do termo "ritmo"; tentativas cômicas de fazer rimas; conteúdo pobre empobrecedor e exaltação da precariedade na produção dos textos (por exemplo escrever ao lado do nome do autor de um poema: "originalmente escrito em papel higiênico e com caneta bic".).
É o fim dos tempos, é sim.
ah.
benga, ué.
=*
Vc esqueceu das poças de lama que são visceralmente poeticas!!
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